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Como na Senhora Oficina, o mundo está cercado por mulheres incríveis. Por isso, não poderíamos deixar de falar de uma mulher que foi primordial para que o homem pudesse chegar a Lua, Margaret Hamilton. Nascida em Paoli, cidade do estado de Indiana (EUA), se formou em matemática e filosofia. Com  25 anos de idade, se tornou a primeira engenheira de programação e a primeira mulher a fazer parte do projeto Apollo.
O projeto Apollo foi um programa de exploração espacial criado pela NASA  entre meados de 1961 a 1972 com o objetivo de colocar o homem na Lua, e ela contribuiu para que os módulos de comando lunar funcionasse de forma efetiva.  
Tudo começou quando Margareth teve seu primeiro emprego como programadora na empresa MIT. Ela havia começado a trabalhar para ajudar o seu esposo, que na época estudava, e foi a partir desse primeiro trabalho que se iniciou um grande marco em sua vida. Devido uma parceria entre a Nasa e a MIT, a jovem ficou responsável por um time do Laboratório de Instrumentação. A função da equipe era criar um software que tinha como propósito antecipar possíveis problemas que poderia acontecer durante o voo.
Um certo dia, sua filha Lauren, que visitava a mãe no trabalho, acionou o programa de pré-lançamento enquanto a missão estava em pleno voo o que ocasionou problemas no sistema. Margareth passou o ocorrido para os seus superiores, acreditando que esse acidente pudesse acontecer com os astronautas, mas eles desacreditaram dizendo que os astronautas eram muito bem capacitados para repetir o erro.
No entanto, quando ocorreu a missão Apollo 8, foi realizado o primeiro voo até a órbita da Lua, o mesmo acidente se repetiu  com o astronauta e Margaret por fim, fez a correção do programa.
Na missão Apollo 11, faltavam alguns minutos para os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousarem na lua, o sistema emitiu um alerta avisando que o software estava com problemas e por isso, não poderia concluir as tarefas. Mas o computador já estava programado para priorizar as ações mais importantes, até se estabilizar. Essa situação havia sido prevista pela Margareth que ajudou a salvar a missão espacial mais importante da história.

O nome “engenharia de software”
Ela conta que muitos não levavam a equipe a sério. Principalmente porque naquela época, a programação de software não era considerada tão importante quanto o desenvolvimento de hardware.
Mas a equipe liderada pela programadora foi aumentando e chegou a ter 100 engenheiros. O próprio nome “engenharia de software” foi criado por ela, pois começou a associar a sua função com o termo “engenharia” para ganhar mais reconhecimento. “Foi por desespero que inventei o termo”, diz Margareth, ao The Guardian.

Seu legado
Margareth com certeza é uma grande inspiração para nós da Senhora Oficina, sua trajetória de vida é muito próxima da nossa história. Durante sua vida ela enfrentou grandes desafios por trabalhar em um setor onde a maioria eram homens. Sem dúvidas, ela deixou o seu legado para o mundo.
E como Margareth, a Senhora Oficina também veio para quebrar paradigmas, enfrentar novos desafios e trazer as mulheres para mecânica do setor automotivo.